sexta-feira, 25 de abril de 2014

Lenda de Ogum

Conta uma lenda que ao chegar a cidade de Ifé, Ogum ficou furioso. Ele falava com as pessoas, mas ninguém o respondia. Isto aconteceu sucessivas vezes, e sempre que se dirigia a um morador da aldeia só tinha silêncio. Ele achou que as pessoas da aldeia estavam zombando dele e num ato de fúria usou seu poder e matou a todos que ele pensava estarem o humilhando.

Um dia ao passar por outra aldeia ele contou a um ancião o ocorrido e este lhe disse que na aldeia por onde Ogum passara as pessoas, naquela época do ano, faziam um voto de silêncio por alguns dias.

Ao saber de seu engano, Ogum ficou envergonhado e enfurecido. E empunhando sua espada contra si mesmo, como um guerreiro desonrado disposto a acabar com a própria vida, gritou; "Ogunhê!" Então, o chão se abriu o rei-guerreiro se tornou um Orixá do ferro, protetor dos mais fracos e todos aqueles que sofrem injustiças e perseguições.

TALVEZ

Há um conto Taoísta sobre um velho fazendeiro que trabalhou em seu campo por muitos anos. Um dia seu cavalo fugiu. Ao saber da notícia, seus vizinhos vieram visitá-lo.
 
"Que má sorte!" eles disseram solidariamente.
 
"Talvez," o fazendeiro calmamente replicou. Na manhã seguinte o cavalo retornou, trazendo com ele três outros cavalos selvagens.
"Que maravilhoso!" os vizinhos exclamaram.
 
"Talvez," replicou o velho homem. No dia seguinte, seu filho tentou domar um dos cavalos, foi derrubado e quebrou a perna. Os vizinhos novamente vieram para oferecer sua simpatia pela má fortuna.
 
"Que pena," disseram.
 
"Talvez," respondeu o fazendeiro. No próximo dia, oficiais militares vieram à vila para convocar todos os jovens ao serviço obrigatório no exército, que iria entrar em guerra. Vendo que o filho do velho homem estava com a perna quebrada, eles o dispensaram. Os vizinhos congratularam o fazendeiro pela forma com que as coisas tinham se virado a seu favor.
 
O velho olhou-os, e com um leve sorriso disse suavemente:
 
"Talvez."