domingo, 27 de abril de 2025

Animação indígena

ANIMAÇÃO INDIGENA BRA$ILEIRA

A animação "Awara Nane Putane – Uma História do Cipó" (2013) é um curta-metragem que narra o mito de origem do uso tradicional da ayahuasca segundo a perspectiva da etnia Yawanawá, povo indígena do tronco linguístico Pano que vive às margens do Rio Gregório, no Acre, no coração da floresta amazônica. Com duração de aproximadamente 22 minutos, o filme é inteiramente falado na língua Yawanawá, destacando a autenticidade cultural.

https://youtu.be/8HSssx3btzI?si=RytrbuW2xo6hdysn

"Caminho dos Gigantes" é um curta-metragem de animação brasileiro de 2016, dirigido por Alois Di Leo e produzido pela Sinlogo Animation. Com duração de cerca de 12 minutos, o filme é uma fábula poética que explora a conexão com a natureza e o ciclo da vida. A história acompanha Oquirá, uma menina indígena de seis anos, que, em uma floresta de árvores gigantes, desafia seu destino para compreender o propósito da existência.

https://youtu.be/YE1WeW_QIa8?si=zmtLvzPZc2YE8qet

"O Último Índio" é um curta-metragem de animação brasileiro de 2017, dirigido por Maria Teresa Murer e produzido por Luis Antonio Barcellos, com duração de aproximadamente 12 minutos. Realizado no Rio Grande do Sul, o filme foi premiado como Melhor Filme Infantil no festival Moviescreenpro, em Los Angeles, e participou de diversos festivais internacionais. A animação conta a história de um jovem indígena que cresceu entre colonizadores e esqueceu sua cultura. Um velho pajé o guia para reaprender os costumes, valores e a conexão com a natureza, ensinando-o a ser índio novamente.

https://youtu.be/-ucXTZDDzHA?si=s-qGOx6d5RAniIFL

Pajerama é uma animação brasileira feita pelo diretor Leonardo Cadaval em 2008. É um curta-metragem animado que mistura elementos de cultura indígena, crítica ambiental e surrealismo visual. A história acompanha um indígena que caminha pela floresta, mas acaba se deparando com símbolos da civilização moderna — prédios, carros, poluição, exploração ambiental — e isso vai se misturando de forma surreal e até onírica. É um curta quase sem diálogos, mas com um visual psicodélico e cheio de mensagens implícitas sobre a relação entre natureza e sociedade.

https://youtu.be/BFzv0UhHcS0?si=YXWw3DKD60LTmFKb

Aínbo a guerreira da Amazônia Ainbo: Spirit of the Amazon (2021). Direção: Richard Claus e José Zelada. Origem: Produção peruana-holandesa. O filme conta a história de Aínbo, uma jovem indígena que vive na Amazônia e descobre que sua terra natal está ameaçada por forças externas e sobrenaturais. Ela então embarca em uma jornada junto de dois espíritos protetores — um tapir grandão e um tatu engraçado — para salvar sua aldeia e a floresta. Visualmente, o filme aposta em animação 3D colorida, com cenários exuberantes da floresta, animais típicos da Amazônia e criaturas míticas inspiradas no folclore indígena. A proposta é passar mensagens de preservação ambiental, respeito às tradições e protagonismo feminino.

https://youtu.be/lKEAQNNXSo4?si=k_m-iATTgsySIuRJ

Kalapalo (2015) é um curta-metragem de animação produzido em 2015 pelo diretor Carlos Fausto e animado por André Toral, antropólogo, quadrinista e animador brasileiro. Faz parte de um projeto documental-animado que mistura relato etnográfico com linguagem visual estilizada. O curta faz parte da série Vídeo nas Aldeias, um projeto audiovisual muito importante no Brasil que trabalha a favor da valorização das culturas indígenas, dando protagonismo aos próprios povos na construção e registro de suas histórias. A animação reconta, de maneira tradicional e oral, uma história do povo Kalapalo, um dos grupos indígenas que vivem no Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso.

https://vimeo.com/247672663

TUDO VERDIM, uma constelação de memórias inventadas Ano: 2021. Direção: Nara Normande. É uma animação feita com stop-motion e técnicas mistas, muito delicada, que mistura memória, ficção e identidade regional. A proposta do filme é reconstruir memórias inventadas a partir de recordações afetivas da infância no interior de Alagoas. O visual de Tudo Verdim é bastante artesanal, usando bonecos de massinha e cenários em miniatura, com uma fotografia suave e texturas que remetem a objetos e ambientes nordestinos. É uma obra que trabalha mais com a sensação e a memória emocional do que com um enredo tradicional. A animação cria uma atmosfera nostálgica e onírica, onde o real e o inventado se misturam, como acontece nas nossas lembranças de infância. A diretora explora a ideia de que nossas memórias são, em parte, ficção pessoal — e isso é bonito e válido. A diretora Nara Normande é uma das vozes mais interessantes do cinema de animação brasileiro atual, sempre trabalhando com técnicas analógicas e temas ligados ao Nordeste, à infância e às relações humanas. Ela também dirigiu o premiado curta Guaxuma (2018), que segue uma linha semelhante de animação e tema

https://vimeo.com/171511301

Mundo Munduruku | "A História das Histórias" 2018. Direção: Thiago B. Mendonça. Produção: Brasil — dentro do projeto Mundo Munduruku, uma iniciativa multimídia que inclui documentário, animação e jogo digital, voltados para contar as histórias e lutas do povo Munduruku, que vive na Amazônia. A animação apresenta o mundo a partir da perspectiva indígena Munduruku, contando histórias de origem, mitos e a relação espiritual com a natureza. A ideia é mostrar como os ancestrais contam o nascimento do mundo, dos rios, dos animais e do próprio povo Munduruku. É narrada como uma história contada ao redor da fogueira, reforçando o valor da oralidade indígena e da transmissão dos saberes através de gerações. O visual é baseado nos grafismos indígenas Munduruku e nas cores e elementos da floresta amazônica. A animação mistura técnicas digitais com traços que remetem à pintura corporal e aos grafismos de cestarias e artesanato. A proposta é educativa, cultural e de resistência — valorizando a memória ancestral e alertando para as ameaças que o povo Munduruku enfrenta com o avanço de projetos de barragens e mineração na Amazônia.

https://youtu.be/GD5dGXZpn-g?si=AlhxyK0kKwAX7tfa

Amazônia Sem Garimpo. 2021. Produção: Instituto Socioambiental (ISA) em parceria com lideranças indígenas e organizações ambientais. Essa animação faz parte de uma campanha maior de conscientização sobre os efeitos devastadores do garimpo ilegal de ouro e outros minerais na floresta amazônica — especialmente sobre os rios, a fauna, a flora e as comunidades indígenas que dependem desses territórios. De forma simples e direta, a animação mostra como o garimpo contamina os rios com mercúrio, destrói a floresta, espalha doenças e ameaça os modos de vida tradicionais. Ao mesmo tempo, exalta a beleza da floresta e a importância de preservá-la para o futuro. A narrativa é protagonizada por personagens indígenas que explicam esses impactos, falando diretamente ao espectador, e finalizam com o apelo: "A Amazônia é nossa casa, e ela não pode morrer".

https://youtu.be/6o_fyNphgMU?si=B46AUSQ0EXYkOQa-

Pela Vida Inteira 2007. Direção: Marcos Magalhães. Produção: TV Escola / MEC. Essa animação faz parte de um projeto chamado Pela Vida Inteira, voltado para a valorização das culturas tradicionais orais brasileiras, especialmente as cantigas, parlendas, trava-línguas, histórias e brinquedos populares. O objetivo era preservar e divulgar esse patrimônio imaterial junto às crianças e educadores. A série reúne pequenas animações de curta duração, cada uma baseada em brincadeiras, músicas ou histórias populares contadas por mestres da cultura oral brasileira. A ideia era transformar essas narrativas em animações coloridas, acessíveis e educativas, transmitidas em programas infantis e utilizados como material didático

https://youtu.be/SRyQvuhNgPA?si=LTQ3G8tGGEWfEYhL

 

VEJA TAMBÉM:

A lenda da noite

https://youtu.be/zXSBsQnDM6k

Gay vī: a voz do barro

https://youtu.be/dFPR4HDd3IQ?si=fcUPgMbb-j2FlXQ2

Ciclo do carbono

https://youtu.be/EM9tfz47UyY?si=OpKCbWQ-R-GnPHW4

A lenda do diamante

https://youtu.be/NtGnqxyP66k?si=KqixWNfO127O9lDc

Mitos Indígenas em Travessia

https://youtu.be/zoaoIY2fCEQ?si=CyyeAEzD9_ZnHeeD