ANIMAÇÃO
INDIGENA BRA$ILEIRA
A animação "Awara Nane
Putane – Uma História do Cipó" (2013) é um curta-metragem que narra o
mito de origem do uso tradicional da ayahuasca segundo a perspectiva da etnia
Yawanawá, povo indígena do tronco linguístico Pano que vive às margens do Rio
Gregório, no Acre, no coração da floresta amazônica. Com duração de
aproximadamente 22 minutos, o filme é inteiramente falado na língua Yawanawá,
destacando a autenticidade cultural.
https://youtu.be/8HSssx3btzI?si=RytrbuW2xo6hdysn
"Caminho dos Gigantes" é um curta-metragem de animação brasileiro de 2016,
dirigido por Alois Di Leo e produzido pela Sinlogo Animation. Com duração de
cerca de 12 minutos, o filme é uma fábula poética que explora a conexão com a
natureza e o ciclo da vida. A história acompanha Oquirá, uma menina indígena de
seis anos, que, em uma floresta de árvores gigantes, desafia seu destino para
compreender o propósito da existência.
https://youtu.be/YE1WeW_QIa8?si=zmtLvzPZc2YE8qet
"O Último Índio" é um curta-metragem de animação brasileiro de 2017,
dirigido por Maria Teresa Murer e produzido por Luis Antonio Barcellos, com
duração de aproximadamente 12 minutos. Realizado no Rio Grande do Sul, o filme
foi premiado como Melhor Filme Infantil no festival Moviescreenpro, em Los
Angeles, e participou de diversos festivais internacionais. A animação conta a
história de um jovem indígena que cresceu entre colonizadores e esqueceu sua
cultura. Um velho pajé o guia para reaprender os costumes, valores e a conexão
com a natureza, ensinando-o a ser índio novamente.
https://youtu.be/-ucXTZDDzHA?si=s-qGOx6d5RAniIFL
Pajerama é uma animação brasileira feita pelo diretor Leonardo
Cadaval em 2008. É um curta-metragem animado que mistura elementos de cultura
indígena, crítica ambiental e surrealismo visual. A história acompanha um
indígena que caminha pela floresta, mas acaba se deparando com símbolos da
civilização moderna — prédios, carros, poluição, exploração ambiental — e isso
vai se misturando de forma surreal e até onírica. É um curta quase sem
diálogos, mas com um visual psicodélico e cheio de mensagens implícitas sobre a
relação entre natureza e sociedade.
https://youtu.be/BFzv0UhHcS0?si=YXWw3DKD60LTmFKb
Aínbo a guerreira da Amazônia Ainbo:
Spirit of the Amazon (2021). Direção:
Richard Claus e José Zelada. Origem: Produção peruana-holandesa. O filme conta
a história de Aínbo, uma jovem indígena que vive na Amazônia e descobre que sua
terra natal está ameaçada por forças externas e sobrenaturais. Ela então
embarca em uma jornada junto de dois espíritos protetores — um tapir grandão e
um tatu engraçado — para salvar sua aldeia e a floresta. Visualmente, o filme
aposta em animação 3D colorida, com cenários exuberantes da floresta, animais
típicos da Amazônia e criaturas míticas inspiradas no folclore indígena. A
proposta é passar mensagens de preservação ambiental, respeito às tradições e
protagonismo feminino.
https://youtu.be/lKEAQNNXSo4?si=k_m-iATTgsySIuRJ
Kalapalo (2015) é um curta-metragem de animação produzido em 2015 pelo
diretor Carlos Fausto e animado por André Toral, antropólogo, quadrinista e
animador brasileiro. Faz parte de um projeto documental-animado que mistura
relato etnográfico com linguagem visual estilizada. O curta faz parte da série
Vídeo nas Aldeias, um projeto audiovisual muito importante no Brasil que
trabalha a favor da valorização das culturas indígenas, dando protagonismo aos
próprios povos na construção e registro de suas histórias. A animação reconta,
de maneira tradicional e oral, uma história do povo Kalapalo, um dos grupos
indígenas que vivem no Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso.
TUDO VERDIM, uma constelação de
memórias inventadas Ano: 2021. Direção: Nara Normande. É uma animação feita
com stop-motion e técnicas mistas, muito delicada, que mistura memória, ficção
e identidade regional. A proposta do filme é reconstruir memórias inventadas a
partir de recordações afetivas da infância no interior de Alagoas. O visual de
Tudo Verdim é bastante artesanal, usando bonecos de massinha e cenários em
miniatura, com uma fotografia suave e texturas que remetem a objetos e
ambientes nordestinos. É uma obra que trabalha mais com a sensação e a memória
emocional do que com um enredo tradicional. A animação cria uma atmosfera
nostálgica e onírica, onde o real e o inventado se misturam, como acontece nas
nossas lembranças de infância. A diretora explora a ideia de que nossas
memórias são, em parte, ficção pessoal — e isso é bonito e válido. A diretora
Nara Normande é uma das vozes mais interessantes do cinema de animação
brasileiro atual, sempre trabalhando com técnicas analógicas e temas ligados ao
Nordeste, à infância e às relações humanas. Ela também dirigiu o premiado curta
Guaxuma (2018), que segue uma linha semelhante de animação e tema
Mundo Munduruku | "A
História das Histórias" 2018. Direção: Thiago B. Mendonça. Produção:
Brasil — dentro do projeto Mundo Munduruku, uma iniciativa multimídia que
inclui documentário, animação e jogo digital, voltados para contar as histórias
e lutas do povo Munduruku, que vive na Amazônia. A animação apresenta o mundo a
partir da perspectiva indígena Munduruku, contando histórias de origem, mitos e
a relação espiritual com a natureza. A ideia é mostrar como os ancestrais
contam o nascimento do mundo, dos rios, dos animais e do próprio povo
Munduruku. É narrada como uma história contada ao redor da fogueira, reforçando
o valor da oralidade indígena e da transmissão dos saberes através de gerações.
O visual é baseado nos grafismos indígenas Munduruku e nas cores e elementos da
floresta amazônica. A animação mistura técnicas digitais com traços que remetem
à pintura corporal e aos grafismos de cestarias e artesanato. A proposta é
educativa, cultural e de resistência — valorizando a memória ancestral e
alertando para as ameaças que o povo Munduruku enfrenta com o avanço de
projetos de barragens e mineração na Amazônia.
https://youtu.be/GD5dGXZpn-g?si=AlhxyK0kKwAX7tfa
Amazônia Sem
Garimpo. 2021. Produção: Instituto Socioambiental (ISA) em parceria com
lideranças indígenas e organizações ambientais. Essa animação faz parte de uma
campanha maior de conscientização sobre os efeitos devastadores do garimpo
ilegal de ouro e outros minerais na floresta amazônica — especialmente sobre os
rios, a fauna, a flora e as comunidades indígenas que dependem desses
territórios. De forma simples e direta, a animação mostra como o garimpo
contamina os rios com mercúrio, destrói a floresta, espalha doenças e ameaça os
modos de vida tradicionais. Ao mesmo tempo, exalta a beleza da floresta e a
importância de preservá-la para o futuro. A narrativa é protagonizada por
personagens indígenas que explicam esses impactos, falando diretamente ao
espectador, e finalizam com o apelo: "A Amazônia é nossa casa, e ela não
pode morrer".
https://youtu.be/6o_fyNphgMU?si=B46AUSQ0EXYkOQa-
Pela Vida Inteira 2007. Direção:
Marcos Magalhães. Produção: TV Escola / MEC. Essa animação faz parte de um
projeto chamado Pela Vida Inteira, voltado para a valorização das culturas
tradicionais orais brasileiras, especialmente as cantigas, parlendas,
trava-línguas, histórias e brinquedos populares. O objetivo era preservar e divulgar
esse patrimônio imaterial junto às crianças e educadores. A série reúne
pequenas animações de curta duração, cada uma baseada em brincadeiras, músicas
ou histórias populares contadas por mestres da cultura oral brasileira. A ideia
era transformar essas narrativas em animações coloridas, acessíveis e
educativas, transmitidas em programas infantis e utilizados como material
didático
https://youtu.be/SRyQvuhNgPA?si=LTQ3G8tGGEWfEYhL
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https://youtu.be/zoaoIY2fCEQ?si=CyyeAEzD9_ZnHeeD