domingo, 10 de janeiro de 2021
quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
feliz natal
terça-feira, 6 de outubro de 2020
breve vitória

Cantar de Galo
(uma fábula de Esopo)
Dois galos estavam disputando em feroz luta, o direito de comandar o galinheiro de uma chácara. Por fim, um põe o outro para correr e é o vencedor.
O Galo derrotado afastou-se e foi se recolher num canto sossegado do galinheiro.
O vencedor, voando até o alto de um muro, bateu as asas e exultante cantou com toda sua força.
Uma Águia que pairava ali perto, lançou-se sobre ele e com um golpe certeiro levou-o preso em suas poderosas garras.
O Galo derrotado saiu do seu canto, e daí em diante reinou absoluto livre de concorrência.
Moral da História: O orgulho e a arrogância são o caminho mais curtos para a ruína e o infortúnio.
terça-feira, 29 de setembro de 2020
dualidade de mundos
Olodumaré, deus demiurgo, deu ao seu filho Oxalá a missão de criar o mundo. Um saco com três cabaças. A primeira cabaça continha as cinzas de Ododua, a mãe terra. A segunda tinha o pó das estrelas de Obatalá, o céu. E a terceira estava vazia.
Oxalá partiu em sua jornada para cumprir sua missão de manhã, quando ainda era uma criança, Oxaguiã, e se esqueceu de agradecer a seu pai e de honrar a memória de todos os seres, com sacrífcios e oferendas. Ao cair da noite, quando se transforma no ancião Oxalufan e se apoia em seu cajado mágico, o Paxoró; Oxalá chegou a porta do Orum, o mundo espiritual. Lá encontrou seu irmão Exú – que descontente com a falta de consideração fraterna, havia planejado em pegar uma peça no mais velho.
“Tudo começa com a dádiva” - disse Exu da Porta do Céu.
- O que você deseja, Exu? - perguntou o ancião.
- Na verdade desejo partilhar com vocês as oferendas que recebo – disse Exu, materializando um prato de pipocas apimentadas e uma cabaça de água ardente em uma toalha vermelha e preta aos pés de Oxalá.
Oxalá havia caminhado o dia inteiro e estava faminto. Aceitou e comeu a pipoca oferecida por Exú sem perceber que ela estava fortemente temperado com pimenta de dendê. Quando a ardência se manifestou, Oxalá pediu água para Exú, que lhe deu a água ardente destilada do vinho de palma. Bêbado, o orixá caiu inconsciente e dormiu.
Exú, então, foi até o saco e retirou as três cabaças do saco da criação. Em seguida, misturou os pós negativo e positivo na cabaça vazia; sacudiu bem e soprou pelos quatro cantos do mundo, criando o Ayè, o mundo material.
Por isso, se diz que Oxalá é o senhor de Orum, o mundo espiritual; e que Exu é o senhor de Ayè, o mundo material.
sábado, 5 de setembro de 2020
quarta-feira, 26 de agosto de 2020
O peso da culpa
Um dia, ao voltarem para casa, Mullá Nasrudin e sua mulher encontraram-na assaltada. Tudo o que poderia ser carregado o foi.
"A culpa é sua", disse sua mulher, "porque deveria ter se certificado, antes de sairmos, de que a casa estava trancada".
Os vizinhos bateram na mesma tecla:
"Você não trancou as janelas", disse um deles.
"Por que não se preveniu para uma situação como essa?", disse outro deles.
As trancas estavam com defeito e você não as substituiu", disse um terceiro.
"Um momento", disse Nasrudin, "certamente não sou o único culpado, sou?"
"E quem deveríamos culpar?", gritaram todos.
"Que tal os ladrões?", disse o Mullá.