Conta-se que na floresta negra do antigo reino da Cracóvia havia um dragão. E, em virtude de uma maldição, todos os finais de ano, o dragão exigia que a cidade lhe desse uma jovem virgem para sua ceia de Natal. Caso a jovem não fosse entregue, o dragão prometia incendiar a cidade e todas as casas da redondeza.
Com o passar dos anos, organizou-se um sorteio anual para a escolha da vítima, fazendo assim que uma vida pagasse por muitas. Até o ano em que a sorteada foi a princesa Cristina, filha única e herdeira do rei da Cracóvia. O rei quis fazer outro sorteio, mas Cristina disse que era sua responsabilidade como princesa: aceitar o resultado e se sacrificar, como exemplo.
Inconformado, o rei ofereceu uma recompensa para o cavaleiro que vencesse o dragão: seu trono e a mão de sua filha em casamento. Vários cavaleiros vieram de diferentes partes do mundo e enfrentaram o dragão, mas todos foram derrotados.
Foi, então, que um pobre camponês de origem judaica, Bolshevaw, teve uma ideia: cobriu um barril de pólvora com a pele de uma de suas ovelhas, colocou-a em campo aberto e se escondeu por trás das matas. Levou consigo seu arco, flechas com pontas de pano e uma lamparina cheia e acesa. Quando o dragão foi devorar a falsa ovelha, engolindo o barril de pólvora, Bolshevaw explodiu a cabeça da fera com suas flechas em chamas.
E o pastor judeu, então, salvou a princesa Cristina, casou-se com ela, herdando o trono da Cracóvia e depois se transformando em Bolshevaw I, o primeiro imperador da Polônia.
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