O livro ‘Meleagro’ de Luís da Câmara Cascudo estuda o Catimbó nordestino, uma modalidade de feitiçaria mesclada por diversos elementos étnicos brancos, negros e indígenas, mas bastante diferente da Pajelança amazônica, do Candomblé baiano e da Umbanda carioca. Bastante comum no início do século principalmente nos estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba, o Catimbó era dirigido pelos “Mestres da Jurema” que através de cantos chamavam “as linhas” (falanges de espíritos) e os “encantamentos” (trabalhos mágicos para cura, para sorte e para o amor). Cascudo narra os rituais, descreve os preceitos dogmáticos, detalha as plantas medicinais, as entidades ‘recebidas’ e os diferentes elementos simbólicos de composição nestes trabalhos espirituais, bem como entrevista e relata a vida de alguns dos mestres ainda existentes entre 1928 e 1945.
Entre os elementos essenciais do altar do Catimbó estão os maracás (chocalhos com sementes para marcação do ritmo dos cantos), as cuias com cauim (cachaça feita a base de macaxeira fermentada consumida pelos participantes), uma bacia de louça com água (a “princesa”), bonecas de pano (simbolizando pessoas ausentes para quem se deseja enviar um encantamento), um cachimbo de tabaco feito de pau da jurema (a “marca-mestra” ou simplesmente “mestra” usado em inúmeras operações mágicas) e, finalmente, uma chave grande de ferro. Também era comum a presença de livros como os de São Cipriano ou do grupo ocultista Círculo Esotérico Comunhão do Pensamento. Porém, era difícil encontrar a Bíblia ou livros kardecistas – o que levou a sociedade da época a chamar a prática do Catimbó de “baixo espiritismo”.
A chave era um elemento simbólico importante, não só para abrir e fechar as sessões espirituais, mas principalmente no ritual do “Fechamento de Corpo”. Além de Cascudo, há um relato detalhado deste ritual feito por Mario de Andrade, que levado por Cascudo aos cabimbós de Natal, teve seu “corpo fechado” pelo famoso Mestre João Germano das Neves.
E é este ritual – a Oração da Chave de São Pedro - que reconstituímos e atualizamos para uma Nova Era.
Entre os elementos essenciais do altar do Catimbó estão os maracás (chocalhos com sementes para marcação do ritmo dos cantos), as cuias com cauim (cachaça feita a base de macaxeira fermentada consumida pelos participantes), uma bacia de louça com água (a “princesa”), bonecas de pano (simbolizando pessoas ausentes para quem se deseja enviar um encantamento), um cachimbo de tabaco feito de pau da jurema (a “marca-mestra” ou simplesmente “mestra” usado em inúmeras operações mágicas) e, finalmente, uma chave grande de ferro. Também era comum a presença de livros como os de São Cipriano ou do grupo ocultista Círculo Esotérico Comunhão do Pensamento. Porém, era difícil encontrar a Bíblia ou livros kardecistas – o que levou a sociedade da época a chamar a prática do Catimbó de “baixo espiritismo”.
A chave era um elemento simbólico importante, não só para abrir e fechar as sessões espirituais, mas principalmente no ritual do “Fechamento de Corpo”. Além de Cascudo, há um relato detalhado deste ritual feito por Mario de Andrade, que levado por Cascudo aos cabimbós de Natal, teve seu “corpo fechado” pelo famoso Mestre João Germano das Neves.
E é este ritual – a Oração da Chave de São Pedro - que reconstituímos e atualizamos para uma Nova Era.
ORAÇÃO DA CHAVE DE SÃO PEDRO
Pelos poderes da chave de São Pedro (mão esquerda embaixo da direita no alto da cabeça)
Feche a Porta da minha cabeça às influências ruins
Pelos poderes da chave de São Pedro (troca mãos, colocando a direita embaixo)
Abra a Porta de minha Coroa para Luz Divina
Pelos poderes da chave de São Pedro (com uma mão em cada olho)
Feche a Porta dos meus olhos a todas as ilusões
Pelos poderes da chave de São Pedro (mãos cruzadas na testa com a direita por baixo)
Abra a Porta de meu terceiro olho
Pelos poderes da chave de São Pedro (mão esquerda embaixo da direita na garganta)
Feche a Porta de minha fala às palavras falsas e cruéis
Pelos poderes da chave de São Pedro (troca mãos, colocando a direita embaixo)
Abra a Porta de minha voz para Verdade
Pelos poderes da chave de São Pedro (mão esquerda embaixo da direita no centro do peito)
Feche a Porta do meu coração aos maus sentimentos
Pelos poderes da chave de São Pedro (troca mãos, colocando a direita embaixo)
Abra a Porta do meu coração para Alegria
Pelos poderes da chave de São Pedro (mão esquerda embaixo da direita no alto abdômen)
Feche a Porta do meu plexo solar aos medos
Pelos poderes da chave de São Pedro (troca mãos, colocando a direita embaixo)
Abra a Porta do meu plexo solar para Fé
Pelos poderes da chave de São Pedro (mão esquerda embaixo da direita abaixo do umbigo)
Feche a Porta do meu corpo a todas as doenças
Pelos poderes da chave de São Pedro (troca mãos, colocando a direita embaixo)
Abra a Porta do meu corpo para Saúde
Pelos poderes da chave de São Pedro (mão esquerda embaixo da direita sobre a pélvis)
Feche a Porta do meu sexo aos desejos inconvenientes e inadequados
Pelos poderes da chave de São Pedro (troca mãos, colocando a direita embaixo)
Abra a Porta do meu sexo para Satisfação e o Contentamento.
E fecho meus trabalhos com o poder de São João (batendo sete palmas)
E abro meus caminhos com o saber de Salomão (batendo sete palmas)
AMÊM!
Feche a Porta da minha cabeça às influências ruins
Pelos poderes da chave de São Pedro (troca mãos, colocando a direita embaixo)
Abra a Porta de minha Coroa para Luz Divina
Pelos poderes da chave de São Pedro (com uma mão em cada olho)
Feche a Porta dos meus olhos a todas as ilusões
Pelos poderes da chave de São Pedro (mãos cruzadas na testa com a direita por baixo)
Abra a Porta de meu terceiro olho
Pelos poderes da chave de São Pedro (mão esquerda embaixo da direita na garganta)
Feche a Porta de minha fala às palavras falsas e cruéis
Pelos poderes da chave de São Pedro (troca mãos, colocando a direita embaixo)
Abra a Porta de minha voz para Verdade
Pelos poderes da chave de São Pedro (mão esquerda embaixo da direita no centro do peito)
Feche a Porta do meu coração aos maus sentimentos
Pelos poderes da chave de São Pedro (troca mãos, colocando a direita embaixo)
Abra a Porta do meu coração para Alegria
Pelos poderes da chave de São Pedro (mão esquerda embaixo da direita no alto abdômen)
Feche a Porta do meu plexo solar aos medos
Pelos poderes da chave de São Pedro (troca mãos, colocando a direita embaixo)
Abra a Porta do meu plexo solar para Fé
Pelos poderes da chave de São Pedro (mão esquerda embaixo da direita abaixo do umbigo)
Feche a Porta do meu corpo a todas as doenças
Pelos poderes da chave de São Pedro (troca mãos, colocando a direita embaixo)
Abra a Porta do meu corpo para Saúde
Pelos poderes da chave de São Pedro (mão esquerda embaixo da direita sobre a pélvis)
Feche a Porta do meu sexo aos desejos inconvenientes e inadequados
Pelos poderes da chave de São Pedro (troca mãos, colocando a direita embaixo)
Abra a Porta do meu sexo para Satisfação e o Contentamento.
E fecho meus trabalhos com o poder de São João (batendo sete palmas)
E abro meus caminhos com o saber de Salomão (batendo sete palmas)
AMÊM!
DETALHES E ADAPTAÇÕES:
A oração da Chave de São Pedro pode ser feita individualmente, em duplas ou em grupos em roda. Nos três casos, após terminar a oração, deve-se bater sete palmas, uma sobre cada um dos centros trabalhados e no apenas no final proferir o fechamento: “E fecho meus trabalhos (...); E abro meus caminhos (...).”
No caso de duplas, deve-se utilizar a segunda pessoa do singular (tu ou você) ao invés da primeira pessoa (eu). Assim, diga: “... fechar a porta da tua cabeça ...” e não “da minha cabeça”.
Em duplas, a Oração tanto pode ser realizada simultaneamente, com os dois participantes recitando e recebendo a imposição, ou com cada um desempenhando os papéis de emissor e receptor separadamente, cada um de uma vez. No primeiro caso, ela pode ainda ser recitada simultaneamente pelos dois participantes ou através da repetição de cada frase/gesto (o que é mais aconselhável tanto para iniciantes como para os casais que tem maior nível de intimidade e concentração).
No segundo caso, em que os papéis de emissor e receptor não se alteram, deve-se observar uma certa sincronia na respiração dos participantes, com uma inspiração profunda e uma expiração demorada a cada um dos sete pontos trabalhados. A oração também pode ser acompanhada com mentalização/visualização de cores em cada um dos pontos pelo emissor experiente.
Na oração tradicional, utilizada no ritual de fechamento de corpo do Catimbó, as pessoas que recebiam a imposição de mão cruzavam as pernas em pé, colocando o pé direito sobre o esquerdo. No entanto, este procedimento é aconselhável apenas quando apenas um dos participantes recebe o passe enquanto o outro recita a oração e faz a imposição de mãos. Nos três casos citados acima (a oração individual, em duplas de modo recíproco e em roda) é aconselhável permitir o livre fluxo de energia ao invés de concentra-la (isto é: manter as pernas paralelas, os joelhos levemente dobrados e os pés descalços em contato com a terra).
Em roda, reza-se a oração por três vezes consecutivas: a primeira nas costas da pessoa que estiver a nossa esquerda, a segunda nas costas de nosso companheiro à direita e finalmente individualmente. Também nessa modalidade é aconselhável utilizar-se da repetição, com uma única pessoa recitando as palavras e executando os gestos e as demais repetindo. Neste caso, o fechamento da oração (com as duas séries de sete palmas) só é feito ao final da terceira vez.
A oração da Chave de São Pedro pode ser feita individualmente, em duplas ou em grupos em roda. Nos três casos, após terminar a oração, deve-se bater sete palmas, uma sobre cada um dos centros trabalhados e no apenas no final proferir o fechamento: “E fecho meus trabalhos (...); E abro meus caminhos (...).”
No caso de duplas, deve-se utilizar a segunda pessoa do singular (tu ou você) ao invés da primeira pessoa (eu). Assim, diga: “... fechar a porta da tua cabeça ...” e não “da minha cabeça”.
Em duplas, a Oração tanto pode ser realizada simultaneamente, com os dois participantes recitando e recebendo a imposição, ou com cada um desempenhando os papéis de emissor e receptor separadamente, cada um de uma vez. No primeiro caso, ela pode ainda ser recitada simultaneamente pelos dois participantes ou através da repetição de cada frase/gesto (o que é mais aconselhável tanto para iniciantes como para os casais que tem maior nível de intimidade e concentração).
No segundo caso, em que os papéis de emissor e receptor não se alteram, deve-se observar uma certa sincronia na respiração dos participantes, com uma inspiração profunda e uma expiração demorada a cada um dos sete pontos trabalhados. A oração também pode ser acompanhada com mentalização/visualização de cores em cada um dos pontos pelo emissor experiente.
Na oração tradicional, utilizada no ritual de fechamento de corpo do Catimbó, as pessoas que recebiam a imposição de mão cruzavam as pernas em pé, colocando o pé direito sobre o esquerdo. No entanto, este procedimento é aconselhável apenas quando apenas um dos participantes recebe o passe enquanto o outro recita a oração e faz a imposição de mãos. Nos três casos citados acima (a oração individual, em duplas de modo recíproco e em roda) é aconselhável permitir o livre fluxo de energia ao invés de concentra-la (isto é: manter as pernas paralelas, os joelhos levemente dobrados e os pés descalços em contato com a terra).
Em roda, reza-se a oração por três vezes consecutivas: a primeira nas costas da pessoa que estiver a nossa esquerda, a segunda nas costas de nosso companheiro à direita e finalmente individualmente. Também nessa modalidade é aconselhável utilizar-se da repetição, com uma única pessoa recitando as palavras e executando os gestos e as demais repetindo. Neste caso, o fechamento da oração (com as duas séries de sete palmas) só é feito ao final da terceira vez.
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